Um novo momento vem se desenhando para o mercado de lâmpadas LED no Brasil, impulsionado pelo maior entendimento das vantagens em detrimento do preço. Fornecedores precisam estar preparados para atender a demanda. / Por Gilberto Grosso
Se até o momento o grande senão das lâmpadas de LED é o preço, tendo a dizer — e tenho me certificado disso cada vez mais — que não demorará muito e esta questão estará superada. Alguns acontecimentos importantes me levam a acreditar no que estou afirmando.
Um em especial: a crise de energia acendeu a luz de LED no Brasil. A partir dessa demanda compulsória, as pessoas precisaram parar, de verdade, e fazer as contas. Quando o impacto está apenas e tão somente na seara dos números, no “ah, é melhor, mas é mais caro”, realmente fica difícil mudar. Mas, na hora do aperto, tudo muda de figura. Ao mesmo tempo, com a mídia divulgando LED para os quatro cantos por conta da questão energética, virou situação ter LED em casa. E esse sentimento cresceu muito rápido. Até nas escolas os professores já estão falando em LED para crianças.
Obviamente que outros fatores também vêm contribuindo para esta nova realidade do LED por aqui, como o fim da comercialização das lâmpadas incandescentes. A substituição deste tipo de lâmpada está sendo feita de forma gradativa e acabará em 2017. As de 60W, as mais usadas, já não podem mais ser fabricadas ou importadas e, desde junho, têm sua venda proibida no país. O certo é que o tempo que se levou desde que o LED chegou – quase no anonimato – ao mercado brasileiro, no início dos anos 2000, para conhecê-lo, entendê-lo e aceitá-lo, será infinitamente menor daqui para frente. É preciso estar preparado. Especialistas estimam que, em 2017, pelo menos 50% do mercado brasileiro de iluminação seja dominado pelos produtos de LED.
O alto custo sozinho não tem mesmo como se sustentar quando comparado com tantas vantagens e benefícios. E este movimento está muito latente agora. Mais econômicas e com um tempo de vida bem mais longo, as lâmpadas de LED estão transformando o mercado mundial e estimulando o surgimento de uma nova indústria de iluminação no Brasil. Estão, ainda, revolucionando como usamos a luz, permitindo fontes de iluminação controláveis, ajustáveis, inteligentes e comunicativas. E, para acelerar a demanda, existe uma grande aposta nos desdobramentos das políticas de eficiência energética que preveem a modernização da iluminação pública.
Troca que vale a pena – Lembram-se sobre parar e fazer as contas? Após perceber que há uma redução real nos custos energéticos, as pessoas começaram a mudar para as lâmpadas de LED. Mesmo com o investimento inicial bastante alto, os benefícios no seu uso fazem a troca valer a pena. São muito mais eficientes do que as comuns, ao produzirem a mesma quantidade de luz (ou lúmem), utilizando bem menos energia. Além disso, a geração de calor durante esse processo é bem menor do que as lâmpadas tradicionais, auxiliando na economia energética: enquanto uma incandescente gasta certa de 60W para produzir uma determinada quantia de lúmem, uma lâmpada de LED precisa de apenas 9W. Outra grande vantagem é que elas são muito mais resistentes do que as incandescentes e fluorescentes.
Por essas e por outras, por toda essa movimentação que vem acontecendo – e de maneira mais intensa – o segmento precisa se preparar para a crescente demanda dos próximos tempos. Vejo que este mercado está entrando em uma nova etapa, a de garantir o abastecimento para o que está por vir. Existem no mercado muitos produtos de LED, mas já começam a faltar os básicos que substituem as lâmpadas incandescentes…
Gilberto Grosso é Lighting Professional e possui experiência de mais de 20 anos na área de iluminação como executivo da Philips e Avant.
Serviço:
(11) 3355-2220
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