Para a arquiteta Julia Guadix as escolhas certas, alinhadas aos estilos que seguem como tendência na arquitetura de interiores contemporânea, fazem com que o projeto continue com frescor
Assim como na moda, a arquitetura de interiores segue as tendências que evocam as características de cada estilo.
Mas para que a decoração não fique datado com o passar do tempo, o desafio é saber realizar as escolhas numa roupagem contemporânea capaz de manter a essência fidedignamente e sem a necessidade de uma grande intervenção com o passar dos anos.
Como manter a casa sempre atual? A arquiteta Júlia Guadix listou os seis passos que a conduzem nos projetos realizados pelo escritório e que auxiliam os moradores nesse propósito.
Aposta nas texturas e materiais naturais – Além de trazerem a sensação de bem-estar para os ambientes, os elementos naturais são sempre um caminho interessante para a decoração. Materiais como madeira, palha, pedras, couro, bambu, fibras naturais e tecidos como o linho e algodão, são escolhas acertadas para deixar os cômodos sempre acolhedores.
“Móveis de madeira maciça ficam interessantes com esses materiais. Com uma oferta crescente, fica mais fácil encontrar no mercado com preços acessíveis”, discorre Júlia. Porém, ela recomenda cautela para não exagerar e indica que os locais mais recomendados para evidenciar o natural são as salas de estar, dormitórios e banheiros — que por si tendem a se mostrarem como lugares propícios ao descanso e o relaxamento.
Urban Jungle — Muito mais que uma tendência, o termo Urban Jungle, que na sua tradução compartilha a ideia de uma selva urbana, é um caminho sem volta na vida dos encantados por plantas.
O fato de morar em um apartamento pequeno, com varanda (ou sem, muitas vezes), não é um impeditivo para desfrutar dos benefícios, da leveza e da felicidade de estar em contato com o natural.
“Adoro mesclar cachepôs de materiais como palha, cerâmica, terracota e madeira! Eles reforçam o toque de aconchego que o verde traz. Apaixonada como sou por plantas, sempre há uma espécie que se encaixa perfeitamente no ambiente”, revela a arquiteta.
Na composição da pequena floresta em casa, o morador deve elaborar um planejamento que deve considerar locais com luz e ventilação natural, além de inserir na estética da decoração. “As plantas são muito bem-vindas em todos os ambientes! Mesmo em quartos, banheiros, cozinhas… todos os cômodos ficam mais gostosos com uma plantinha!”, afirma Júlia.
Estilo retrô – Unir peças do passado com o contemporâneo é outra maneira de enfatizar uma visão atualizada e sempre em dia. Para não sobrecarregar, o conselho é elencar um componente para ser a estrela, como um móvel ou um papel de parede que remete às décadas de 1960 e 1970, por exemplo.
“Essa tendência segue superforte por meio do emprego de peças com linhas orgânicas e mais arredondadas em móveis. A ideia é, sem dúvidas, fazer referência ao antigo, mas com aquele toque de frescor”, reforça a profissional.
Para ela, não há uma regra que limite a decoração retrô, todavia prevalece o bom senso nas escolhas que podem estar presente de maneira diversificada. Na sala de estar, boas pedidas podem ser uma mesa, um sofá ou uma estante; na cozinha, eletrodomésticos e puxadores com design antigo já conseguem reproduzir essa inspiração e, nos dormitórios, móveis, papel de parede, quadros e espelhos com moldura de época são possibilidades relacionadas por Júlia.
Cores metalizadas – O metalizado, expressado em tons de dourado e o rose gold, ganharam o coração dos brasileiros. Em tons versáteis, podem estar em qualquer estilo de decoração: basta saber onde inserir para não ficar enjoativo.
“Geralmente, essas tendências com cores muito marcantes acabam passando rápido. Porém, com o rosê-gold é diferente, por continuar em alta”, comenta. A arquiteta ainda acrescenta que, quando inserida discretamente, as cores metálicas adicionam modernidade e leveza para os ambientes.
Tons pastel e terrosos — As paletas não saem de moda na decoração residencial, mas transmitem sensações diferentes nos cômodos. Por se tratar de cores com menos saturação, tanto os terrosos como o pastel são excelentes para emanar leveza e tranquilidade, caindo muito bem em salas, dormitórios ou até mesmo em cozinhas. Seja em paredes, móveis ou enxoval, tudo dependerá da criatividade expressada por pontos que se destacam no ambiente.
Decoração afetiva — Incluir objetos ou algum tipo de referência que relembre um momento ou período da vida dos moradores sempre estará em alta, uma vez que verbaliza a personalidade daqueles que residem na moradia.
Porta-retratos, quadros, imagens, souvenirs de viagens e coleções são excelentes, desde que acomodados organizadamente. Para deixar o ambiente ainda mais bonito, uma dica é misturar os itens com cores e texturas que harmonizem com essa proposta.
Contato:
Studio Guadix
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