Até o Google está repensando a forma com que cada usuário organiza as informações / Por Olívia Camargo
Ao fazer aqueles longos e complicados relatórios, quem nunca se perguntou: ‘Será que alguém vai ler tudo isso?’. A dúvida é comum e – infelizmente – a resposta é ‘não’ em grande parte das vezes. Vemos isso muito claro quando os números dos nossos reports não correspondem com as solicitações que chegam dos nossos clientes.
Exemplos simples, como ativações que não tiveram resultados sendo requisitadas com animação e locais que não tiverem aderência como os prediletos dos líderes, fazem parte da rotina dos profissionais de live marketing. Isso mostra o quão negligenciados os dados são e cabe aos responsáveis instruir e educar os clientes da importância de um olhar estratégico sobre os resultados apresentados.
Esses documentos também são úteis quando recebemos briefings incompletos e com pouco direcionamento, sendo que – com eles – conseguimos entender com quem falar, onde, como e porquê, de forma muito mais rápida e personalizada. O aprendizado que adquirimos verificando as experiências passadas nos permitem inovar com assertividade e encontrar informações que muitas vezes nem mesmo o cliente sabe.
É natural que as empresas só olhem para os dados ou façam pesquisas quando estão passando por alguma dificuldade, rebranding ou lançando algo novo. Ainda existe uma dificuldade grande de entender que o público muda o tempo todo, então essa busca por entendê-lo também deve ser constante. Relacionamento não é feito somente em um evento ou ação, é algo construído com muito custo, trabalho e tempo.
As noções que podemos acumular melhoram a excelência das nossas entregas e são o diferencial entre o amador e profissional. Gostamos de dizer que o cliente hoje em dia se considera médico, se diagnostica e escolhe a medicação. Ele mesmo pode fazer os brindes do evento, contratar um conhecido para fazer a ativação e escolher um local que ele goste de ir. Isso tudo é ótimo, mas quando conseguimos usar a análise estratégica dos dados que somos capazes de levantar, mostramos o valor do nosso trabalho.
Consideramos isso uma co-construção, nós desenhamos o serviço com o cliente e principalmente com o público dele, que é a fonte de informações que precisamos. Assim, conseguimos fugir de uma fórmula básica de sucesso e alcançamos a inovação, personalização e reconhecimento de marca. Tendo em mente de o que o seu público vai falar de você depois do evento também importa muito, a experiência não termina quando damos tchau.
Se até o Google está repensando a forma com que cada usuário organiza as informações, olhando para o dados e entendendo como ser mais assertivo, quem somos nós para virarmos a cara, não é mesmo?
Olívia Camargo é Gerente de Planejamento e Estratégia da MCM Brand Group
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