Arquitetura na Granja Viana articula topografia, luz natural e soluções sustentáveis para criar uma residência que valoriza a relação entre interior, exterior e cotidiano familiar
Casa na Granja Viana trabalha topografia, luz natural e soluções sustentáveis, articulando espaços sociais e ambientes personalizados para a família.
Adaptação ao desnível e implantação
Desenvolvida pelo escritório de Daniel Szego, a residência de 488 m² na Granja Viana nasce da leitura criteriosa de um lote com desnível e vegetação consolidada. A solução adotada evitou a multiplicação de pavimentos, resultando em dois níveis que acompanham a topografia e preservam o verde existente. Essa relação direta com o entorno orienta toda a construção.
Conexão entre interior e exterior
A área social tem na sala central — marcada pelo pé-direito duplo — o eixo articulador dos ambientes. O espaço amplia a percepção de profundidade, favorece a ventilação cruzada e distribui luz natural para os setores adjacentes. O projeto buscou continuidade visual entre os ambientes internos e a área externa, reforçando a permeabilidade espacial.
Ambientes moldados ao cotidiano da família
Pensada para um casal e seu filho, a casa organiza funções de maneira prática. O home office voltado para o verde evidencia a valorização da paisagem, enquanto o gatil, o campo de futebol e o espaço dedicado ao aquário surgem como respostas diretas às demandas dos moradores. A varanda gourmet, conectada à piscina e ao jardim, cumpre papel central na convivência e no lazer.
Materiais, conforto e durabilidade
A fachada combina pintura em diferentes tonalidades e ripados de PVC preto que marcam a entrada e conferem ritmo à composição. Nos interiores, marcenaria planejada, porcelanatos e mobiliário funcional estruturam a rotina da família, com ênfase em conforto, manutenção facilitada e desempenho técnico adequado ao uso diário.
Estratégias sustentáveis e luz natural
O projeto incorpora soluções de eficiência ambiental, como reuso de água de chuva, aquecimento solar e ventilação cruzada. A luz natural é explorada por meio de grandes aberturas e do pé-direito duplo, proporcionando luminosidade contínua e reduzindo a dependência de iluminação artificial.
Arquitetura orientada pela paisagem
Segundo Daniel Szego, a intenção foi desenvolver uma residência que estabelecesse diálogo direto com o entorno e promovesse bem-estar. Durante a obra, a incidência do pôr do sol nos ambientes internos evidenciou a integração buscada entre construção e paisagem. O resultado revela um morar estruturado por qualidade de vida, proximidade com a natureza e soluções arquitetônicas precisas.
#Implantação e leitura do terreno
A solução adotada para o lote em declive demonstra domínio da topografia e atenção à preservação da vegetação. A decisão de trabalhar com dois níveis, em vez de múltiplos pavimentos, reduz movimentação de terra e favorece uma implantação mais equilibrada. Essa estratégia reforça a ideia de arquitetura que responde ao sítio, evitando volumetrias excessivas e garantindo relação direta com o solo.
#Estruturação espacial e articulação dos fluxos
O pé-direito duplo na área social não atua somente como recurso estético; cumpre função determinante na distribuição de luz natural, na ventilação e na legibilidade do programa. A sala central como núcleo da residência evidencia coerência no partido arquitetônico, articulando fluxos, promovendo integração visual e expandindo a percepção de amplitude. A permeabilidade espacial constrói continuidade entre interior e exterior sem recorrer a elementos artificiais.
#Programa personalizado e soluções funcionais
A inclusão de ambientes específicos — gatil, espaço para aquário e campo de futebol — revela compreensão fina das demandas da família. Longe de serem anexos decorativos, esses espaços se integram ao conjunto por meio de circulações bem definidas e escala compatível. O home office voltado para a paisagem reforça a importância da orientação solar e da relação com o entorno no desempenho ambiental e no conforto psicológico.
#Materiais, desempenho e sustentabilidade
O uso de ripados de PVC preto e pintura em tonalidades distintas cria uma composição que organiza a fachada e destaca a entrada sem excessos formais. Nos interiores, a combinação de marcenaria planejada e porcelanatos assegura durabilidade e manutenção adequada ao cotidiano. As estratégias sustentáveis adotadas — reuso de água, aquecimento solar e ventilação cruzada — configuram um conjunto coerente de eficiência energética. A incidência de luz natural, potencializada pelos grandes vãos, demonstra domínio de técnicas passivas, elemento central para o desempenho térmico e luminoso da residência.
Contato:
Daniel Szego Arquitetura
https://arqbrasil.com.br/42532/daniel-szego/
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