Arquitetura sustentável da Casa da Floresta, desenvolvida pela Unesp e o Instituto Peabiru, será vitrine do Brasil na COP30, com apoio da Terracor

 

Arquitetura Sustentável da Casa da Floresta na COP30

Pavilhão demonstrativo para a conferência climática

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) e o Instituto Peabiru desenvolveram a Casa da Floresta, uma instalação arquitetônica que funcionará como espaço expositivo durante a 30ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro.

O pavilhão, implantado às margens do rio Guamá, no Parque de Tecnologia Social da Amazônia, em Acará, reunirá demonstrações de tecnologias e práticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das florestas tropicais.

A iniciativa conta com o patrocínio da Terracor, fabricante de revestimentos que aplicou suas texturas nas superfícies internas e externas da edificação. A escolha dos materiais de acabamento priorizou formulações de baixo impacto ambiental e características estéticas compatíveis com o partido arquitetônico adotado.

Sistema construtivo e materialidade regional

O projeto executivo privilegiou o emprego de recursos naturais disponíveis na região amazônica. A estrutura utiliza bambu como elemento construtivo principal, enquanto a cobertura incorpora folhas de palmeira buçu, técnica tradicional das comunidades ribeirinhas. Essa abordagem construtiva reduz a pegada de carbono da edificação e valoriza o conhecimento técnico local.

Arquitetura sustentável da Casa da Floresta na COP30/ Divg.

O programa arquitetônico inclui trilhas de circulação, estruturas geodésicas em bambu e áreas destinadas à instalação de equipamentos de monitoramento ambiental. A Unesp desenvolveu sistemas de mensuração de carbono e análise de serviços ecossistêmicos que serão demonstrados no espaço durante o evento internacional.

Programação e atividades previstas

Durante o período da conferência, o pavilhão sediará palestras, debates e oficinas que abordarão temas relacionados à agrofloresta, bioeconomia, saúde comunitária e sistemas construtivos sustentáveis. A programação prevê ainda intervenções artísticas e rodas de conversa que promoverão o diálogo entre pesquisadores, representantes de povos tradicionais e empreendedores do setor socioambiental.

Mais de 30 instituições colaboram com a coordenação do projeto, que busca estabelecer canais de comunicação entre diferentes áreas do conhecimento e fomentar a troca de experiências sobre conservação florestal e desenvolvimento regional.

Conversão em centro permanente de formação

Após o encerramento da COP30, a Casa da Floresta será mantida como equipamento permanente no Parque de Tecnologia Social da Amazônia. O espaço assumirá função educativa, voltado à capacitação de comunidades locais em técnicas de manejo sustentável, sistemas agroflorestais e práticas de baixo impacto ambiental. A proposta visa consolidar um núcleo de difusão de conhecimento aplicado à realidade amazônica.

Articulação entre técnica construtiva e contexto territorial

A implantação do pavilhão demonstra uma abordagem projetual que articula sistemas construtivos vernaculares com tecnologias contemporâneas de monitoramento ambiental. A utilização de bambu como elemento estrutural evidencia as possibilidades técnicas desse material renovável, cuja resistência mecânica e leveza permitem vencer vãos consideráveis com reduzido consumo energético no processamento.

Uma cobertura em folhas de palmeira buçu, além de garantir adequado desempenho termoacústico em clima equatorial, estabelece continuidade visual com as edificações tradicionais da região. Essa estratégia de projeto reforça a identidade cultural do espaço e facilita a apropriação da estrutura pelas comunidades locais, aspecto fundamental para a perenidade da iniciativa após o evento internacional.

Integração entre pesquisa científica e arquitetura expositiva

O programa arquitetônico foi concebido para abrigar dispositivos de mensuração de carbono e análise de serviços ecossistêmicos, transformando o pavilhão em laboratório ao ar livre. Essa fusão entre espaço expositivo e infraestrutura de pesquisa configura uma tipologia arquitetônica híbrida, na qual a edificação transcende sua função de abrigo para tornar-se instrumento de produção de conhecimento.

As estruturas geodésicas distribuídas pelo terreno criam microambientes para demonstrações específicas, enquanto as trilhas organizam percursos que conduzem o visitante por diferentes estações temáticas. Essa organização espacial favorece a experiência imersiva pretendida pelos coordenadores, potencializando a compreensão dos processos ecológicos apresentados.

Materialidade e responsabilidade ambiental no detalhamento

A especificação de revestimentos com formulação sustentável para as superfícies internas e externas evidencia coerência entre discurso e prática construtiva. A escolha de acabamentos de baixo impacto ambiental reforça o caráter demonstrativo do projeto, transformando cada decisão técnica em oportunidade educativa sobre alternativas materiais disponíveis no mercado.

A permanência do equipamento como centro de formação após a conferência climática representa estratégia acertada de gestão de recursos. Ao evitar a desmontagem do pavilhão, o projeto converte um espaço originalmente efêmero em infraestrutura duradoura para o território, maximizando o retorno social do investimento realizado e consolidando um polo de referência para práticas sustentáveis na região amazônica.

“Acreditamos que a arquitetura é uma linguagem poderosa de transformação. Estar presente na Casa da Floresta é reafirmar o compromisso da Terracor com um futuro em que design e natureza coexistem de forma consciente e bela”, diz Leo Laniado, sócio da Terracor.

 

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Articular conhecimento científico e os saberes tradicionais

A Casa da Floresta Unesp-Peabiru será um espaço aberto ao público de 10 a 21 de novembro, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém. Localizada na zona rural de Acará, próximo à floresta amazônica e ao rio Guamá, a Casa da Floresta busca articular o conhecimento científico, os saberes tradicionais e a cultura para desenvolver soluções que conciliem o desenvolvimento social com a preservação ambiental. O projeto, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unesp em parceria com o Instituto Peabiru e mais de 30 instituições, visa promover inovação socioambiental, diálogo intercultural e aprendizado coletivo, fortalecendo o compromisso com a Amazônia como um “coração vivo do planeta”.

Construída com materiais locais e sustentáveis, a Casa foi projetada pela arquiteta Juliana Cortez e utiliza uma estrutura geodésica de bambu e folhas de palmeira buçu, materiais abundantes na região, minimizando o impacto ambiental da construção. A elevação da estrutura e a claraboia permitem a ventilação natural e aproveitamento de luz, criando um ambiente confortável sem uso de energia artificial.

O projeto é um exemplo de tecnologia social simples e reaplicável para melhorar a qualidade de vida, com sistemas de captação de água da chuva, saneamento básico acessível e uso eficiente da energia solar.

Durante o evento, haverá uma programação diversificada com painéis, mesas-redondas, rodas de conversa e uma exposição de arte local fora da Casa da Floresta, conectando pesquisas científicas a experiências práticas e culturais da região. Os debates abordarão temas como saúde, impacto climático, segurança alimentar, sistemas agroflorestais, química verde, bioeconomia e arquitetura sustentável.

A organização busca estimular o intercâmbio de experiências, sensibilizar o público e promover a interdisciplinaridade como caminho para a inovação na pesquisa e na conservação do planeta. O projeto é apontado como um modelo a ser replicado pela extensão da Unesp em outras regiões do Brasil, ampliando as ações em defesa do meio ambiente e do conhecimento tradicional na Amazônia.​ (Saiba mais Jornal Unesp)

 

Contato:
Conferência do Clima/ COP30
https://cop30.br/pt-br

 


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