O design de jardins sensoriais não é somente uma escolha estética, mas uma estratégia de projeto que privilegia a totalidade da percepção humana, transformando a relação do usuário com o espaço natural
O paisagista e biólogo Julio Sousa propõe a criação de jardins sensoriais, concepção de um espaço paisagístico que transcende a mera contemplação visual e se aprofunda na experiência multissensorial, é uma abordagem contemporânea no design de áreas externas.
Jardins sensoriais de Julio Sousa
A concepção de um espaço paisagístico que transcende a mera contemplação visual e se aprofunda na experiência multissensorial é uma tendência no design de áreas externas. O paisagista e biólogo Julio Sousa destaca a importância de um projeto de jardim que estimule não somente a visão, mas também o olfato, o tato e a audição.
A proposta é de que, a partir do planejamento, as intervenções paisagísticas preparem o terreno para que a chegada da primavera revele um espaço com vitalidade e profundidade sensorial.
Atratores de polinizadores
A aplicação de uma paleta de plantas aromáticas é o primeiro passo para envolver o olfato. Espécies como lavanda, manjericão, alecrim e jasmim, por exemplo, não só liberam fragrâncias que permeiam o ambiente, mas também atuam como atratores de polinizadores. Essa interação com a fauna local adiciona uma dimensão dinâmica e sonora ao jardim, criando um ecossistema mais completo e equilibrado.
Materiais naturais
A riqueza tátil é outro pilar do projeto. A diversidade de texturas das folhagens, combinando superfícies lisas, aveludadas, rugosas ou espinhosas, convida ao toque e à exploração sensorial. Materiais naturais, como pedras e cascalhos, quando utilizados na pavimentação de percursos, intensificam essa experiência tátil, ao mesmo tempo que delimitam áreas e orientam o fluxo de circulação.
Despertar emoções
A percepção cromática é uma ferramenta poderosa na condução do olhar e na criação de atmosferas. A mistura de flores e folhagens de diferentes tonalidades e contrastes pode ser utilizada para despertar emoções ou para criar focos visuais, conferindo ritmo e interesse ao percurso. Uma iluminação artificial, por sua vez, complementa essa estratégia visual, estendendo o uso do jardim para o período noturno e destacando a volumetria e a cor das espécies.
Atmosfera relaxante
A incorporação de elementos de água, como fontes ou cascatas, insere um componente sonoro que promove tranquilidade. O fluxo contínuo da água em movimento atenua ruídos externos e cria uma atmosfera relaxante. Por fim, a integração de mobiliário, como bancos ou espreguiçadeiras, em pontos estratégicos, completa a experiência, permitindo ao usuário uma pausa contemplativa e uma conexão mais íntima com o espaço natural.

#Da Contemplação à Interação Multissetorial
A proposta apresentada por Julio Sousa sobre jardins sensoriais representa uma abordagem contemporânea do paisagismo que se afasta da estética puramente visual para privilegiar a experiência humana. O projeto não se limita à seleção de espécies baseada em sua forma e cor, mas considera a totalidade da percepção do usuário.
A escolha de plantas aromáticas, por exemplo, não é somente um recurso olfativo, mas um elemento que, ao atrair polinizadores, estimula a audição e o movimento do espaço, evidenciando uma compreensão sistêmica da biocenose.
#Estratégias de Composição e Materialidade
A utilização da diversidade de texturas das folhagens e dos materiais naturais para pavimentação, como pedras e cascalhos, demonstra uma intenção de projeto que busca a interatividade tátil. Essa abordagem vai além da mera ornamentação e configura o jardim como um ambiente vivo e palpável.
A inclusão de mobiliário, posicionado de forma estratégica, não é um mero acréscimo funcional, mas um convite deliberado à apropriação do espaço, transformando a área externa em um prolongamento da arquitetura residencial, um local de permanência e fruição.
#O Efeito do Tempo e da Iluminação
A ênfase no planejamento em agosto para a floração na primavera ressalta o entendimento do projeto paisagístico como um processo temporal, não como um evento estático. A inclusão de espécies de floração sazonal evidencia uma sensibilidade à ciclicidade da natureza.
Iluminação artificial, por sua vez, não é utilizada de forma meramente decorativa, mas como um elemento funcional. Estende a utilidade do espaço para além do horário diurno, criando uma nova atmosfera e destacando elementos específicos da composição, como a volumetria das plantas ou os percursos, reforçando a profundidade do projeto.
Contato:
Studio Júlio Sousa
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