Veja como a revitalização de casas na Vila do Céu fortalece a identidade cultural com uma paleta exclusiva

 

Revitalização casas Vila do Céu com paleta exclusiva

Revitalização com intervenção cromática

O escritório Guá Arquitetura, localizado no Pará, promoveu a revitalização das casas de madeira na Vila do Céu, comunidade tradicional de pescadores na Ilha do Marajó, através do projeto “Colorindo o Céu”.

Esta iniciativa, em parceria com a Suvinil, reforça a identidade cultural local por meio de uma paleta exclusivíssima composta por 14 tonalidades. Essas cores foram desenvolvidas a partir das nuances já presentes na comunidade, proporcionando uma harmonia visual que respeita as tradições e o convívio local.

Revitalização casas Vila do Céu / Divg.Gua

Contexto do projeto e participação comunitária

A Vila do Céu possui uma prática anual onde, na ocasião das festividades do Círio, os moradores pintam suas fachadas como gesto de renovação. Esse ciclo foi aproveitado pelos arquitetos Pablo do Vale e Luís Guedes, sócios do Guá Arquitetura, para implementar uma atualização cromática mais sistematizada, com a Suvinil convidada para desenvolver as tintas específicas.

Com a consultoria de Bruna Galliano, designer especialista em cores, o projeto iniciou-se com a catalogação das tonalidades originais, evoluindo para a criação da paleta segmentada em três grupos com intensidades e contrastes distintos, garantindo uma composição harmônica.

Revitalização casas Vila do Céu / Divg.Gua

Processos técnicos e escolha das cores

A partir da análise das cores imediatamente presentes nas fachadas e no entorno, formaram-se 14 cores que transitam entre tons vibrantes, energéticos, suaves e pastel, reafirmando a atmosfera afetiva do local.

A escolha final foi autorizada diretamente pelos moradores, reforçando o sentimento de pertencimento e autonomia da comunidade sobre a intervenção. A aplicação da tinta beneficiou mais de 100 residências, com a própria população envolvida na pintura, respaldada pelo acompanhamento técnico da Suvinil.

Impacto cultural e social da intervenção

Além do aspecto estético, o projeto “Colorindo o Céu” qualifica a arquitetura vernacular valorizando o patrimônio imaterial da Vila do Céu, ao mesmo tempo, em que cria condições para a continuidade dessas práticas ao longo das gerações futuras. Conforme relata a líder comunitária Patricia do Socorro Monteira Lima, a transformação visual trouxe um significado de renovação coletiva, ampliando a autoestima e a simbologia local.

Diálogo entre arquitetura, cor e identidade cultural

O exercício realizado no projeto enfatiza a importância da escuta ativa e do respeito pela memória cromática existente, compreendendo a cor como elemento fundamental de conexão afetiva e territorial. Essa abordagem técnico-simbólica conduz a uma intervenção que transcende a simples pintura, configurando-se numa estratégia de preservação cultural não invasiva, onde o patrimônio simbólico e visual é respeitado e potencializado.

 

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#Harmonia cromática alinhada à identidade local

A criação da paleta exclusiva de 14 cores revela um processo cuidadoso de pesquisa cromática que respeita tanto as manifestações culturais quanto as características ambientais do entorno.

A segmentação da paleta em diferentes intensidades e contrastes possibilita uma leitura arquitetônica equilibrada, mantendo a singularidade de cada residência sem comprometer a coesão visual da comunidade.

#Participação ativa da comunidade e apropriação do projeto

Com a escolha das cores diretamente pela população local e sua participação na aplicação das tintas, o projeto reforça princípios contemporâneos de arquitetura participativa e sustentável, ampliando o engajamento social e criando um forte vínculo entre a comunidade e o ambiente construído. Tais premissas são essenciais para projetos que visam longevidade e preservação cultural.

#Uso da cor como ferramenta de valorização patrimonial

O projeto vai além da estética ao considerar a cor como vetor de memória, história e emoção, elementos fundamentais para a valorização do patrimônio arquitetônico vernacular. Esse método demonstra uma consciência do impacto que a intervenção visual pode gerar sobre o entendimento do espaço e sua narrativa.

#Sustentabilidade cultural e transformação socioeconômica

A iniciativa demonstra que intervenções arquitetônicas podem atuar como agentes de transformação social quando alinhadas ao respeito cultural e à escala humana do entorno. A revitalização das fachadas, associada às práticas tradicionais, pode incentivar a valorização local, a preservação das dinâmicas sociais e, potencialmente, fortalecer a economia regional ligada ao turismo cultural.

 

Contato:
Guá Arquitetura
https://arqbrasil.com.br/30750/gua-arquitetura/
https://www.guaarquitetura.com.br/

 

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