Até 20 de fevereiro em meio à exuberância da Mata Atlântica, a artista MIU convida o público a uma jornada sensorial, onde arte e natureza se entrelaçam em uma celebração da criação
A exposição ‘Jardim de Vênus’ de MIU, na Galeria Hugo França, celebra a conexão entre arte e natureza. Esculturas em bronze e cerâmica, fotografias e apresentações compõem uma experiência imersiva que explora a materialidade e a transformação.
Exposição ‘Jardim de Vênus’ na Galeria Hugo França: A Estreia da Artista MIU
A Galeria Hugo França, localizada em meio à Mata Atlântica, oferece ao público uma nova imersão artística com a exposição “Jardim de Vênus”.
Esse espaço natural de 30 mil m², conhecido por dialogar com a natureza em sua arquitetura e programação, apresenta a primeira exposição individual da artista MIU, residente de Florianópolis, cuja obra até então permanecia distante dos olhos do público.
O Encontro de Natureza e Arte
Na exposição ‘Jardim de Vênus’, MIU revela uma profunda conexão entre elementos naturais e arte. A artista utiliza uma variedade de materiais, como cerâmica, bronze e fotografia, para compor um conjunto que vai além do convencional. A mostra se destaca por sua abordagem híbrida, onde formas e materiais se integram ao espaço e ao contexto natural do entorno da galeria.
Dentre as peças expostas, as esculturas em bronze chamam atenção por sua monumentalidade, com alturas de 1,60 m e 1,80 m, evocando a força bruta dos elementos naturais e, simultaneamente, a fluidez que lhes é inerente. Essas esculturas capturam a essência do orgânico, remetendo a formas que sugerem movimento, como se cada peça estivesse em contínua transformação, mesmo em sua imobilidade.
Já as obras em cerâmica, dispostas na areia, parecem emergir do solo como seres vivos, em um equilíbrio delicado entre enraizamento e leveza. Essa disposição remete a uma articulação espacial sutil, em que o peso da matéria contrasta com a impressão de flutuação.
O Processo Criativo de MIU
As fotografias presentes na exposição trazem um olhar íntimo sobre o processo criativo da artista, revelando momentos em que a forma emerge do contato direto entre o corpo da artista e os materiais. Em um diálogo entre técnica e intuição, MIU explora a capacidade de transformação da matéria, como que traduzindo o tempo e o espaço em gestos escultóricos.
A curadoria, assinada por Marcello Carpes e Gustavo Tirelli, sintetiza esse processo ao observar que o manuseio dos materiais naturais não é apenas um ato de transformação da matéria, mas também uma troca sensível, em que a natureza toca e tocada, num ciclo contínuo de interação e sensibilidade.
Apresentação e Filme Biográfico
A programação de abertura trouxe uma experiência imersiva, com a exibição de um filme biográfico sobre os bastidores do processo criativo de MIU, trazendo um olhar mais próximo sobre a relação da artista com o meio natural.
Para complementar essa experiência, o público também pôde conhecer o livro ‘MIU’, que reúne reflexões da artista e registros de suas produções mais recentes, fortalecendo ainda mais o vínculo entre obra e pensamento.
[Considerações] — A exposição ‘Jardim de Vênus’se insere em um contexto de interação direta com a natureza, promovendo uma reflexão sobre o lugar da matéria e sua transformação.
As esculturas em bronze, por sua monumentalidade e organicidade, dialogam com o conceito de peso e fluidez, fundamentais em trabalhos tridimensionais.
O uso da cerâmica, combinado com a disposição espacial das peças sobre a areia, gera uma ambiguidade interessante entre estabilidade e leveza, explorando as tensões entre materialidade e a percepção sensorial do espectador.
A escolha de MIU por inserir apresentação ao vivo e obras que remetem ao processo criativo em sua forma mais crua aproximou o público de uma experiência de co-criação, onde a obra final foi apenas uma das camadas de significação.
Essa abordagem revela um domínio técnico e conceitual maduro, onde a artista, além de explorar os materiais, cria uma narrativa que envolve o espaço, o tempo e a experiência sensorial.
Pontos Relevantes
• Integração entre arte e natureza — A exposição estabelece um diálogo profundo entre a criação artística e o ambiente natural, utilizando materiais como bronze, cerâmica e fotografia.
• Processo criativo — A mostra oferece um olhar íntimo sobre o processo de criação de MIU, revelando a importância do contato direto com os materiais e a natureza.
• Experiência imersiva — A combinação de esculturas, fotografias, apresentações e um filme biográfico proporciona ao público uma experiência multissensorial e envolvente.
• Materialidade e transformação — As obras exploram a materialidade e a transformação da matéria, convidando o público a refletir sobre a relação entre o artefato e o mundo natural.
• Espaço expositivo — A Galeria Hugo França, com sua arquitetura integrada à natureza, serve como um cenário ideal para a exposição, ampliando a experiência do visitante.
Contato:
Galeria Hugo França
Trancoso — BA
(73) 981-072-262 / (73) 999-334-455
https://www.hugofranca.com.br/
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