Arquiteta Eduarda Correa apresenta os ambientes de conversação, para pessoas ficarem uma diante da outra só para conversar
As salas de conversação sempre estiveram no escopo das residências de luxo. No século XVIII, esse ambiente foi criado em uma ala específica das moradas onde poucos tinham acesso. Com o tempo, esse espaço foi perdendo sua função principal, substituído pelos home theaters.
Hoje vemos o retorno das salas de conversação das moradas contemporâneas. Agora integrada às outras áreas sociais da casa. “O comportamento das pessoas faz com que as residências se modifiquem.
Na contemporaneidade, é inegável que a pandemia provocada pelo Novo Coronavírus dita as tendências atuais, baseando-se nas novas necessidades das pessoas.
Após meses de isolamento e reclusão, o desejo de uma conversa olho no olho, de um contato direto e de receber em casa aqueles que recentemente não podiam, vê-se mais latente.
Daí, surge uma nova configuração nos espaços de conversação, sem televisão, integrado a outras áreas sociais, forjando o estilo contemporâneo, ditando uma nova tendência”, explica a arquiteta Eduarda Correa.
Para construir um ambiente assim em casa, a arquiteta aponta um dos elementos principais: os assentos. “Não tem como você ter uma sala de conversação onde as cadeiras são desconfortáveis. Nesse tipo de espaço, busco sempre unir forma e função, especificando móveis com design singular, porém confortáveis”, salienta Eduarda.
A arquiteta Eduarda Correa ressalta que, para ter um bom espaço de conversação, é necessário unir a forma a função, criando um ambiente acolhedor com um design singular.
Mesas de centro ou laterais se fazem necessárias nesse tipo de ambiente. “Como as conversas são, normalmente, muito extensas, é fato que vamos precisar de um móvel de apoio para colocar bebidas e comidas e a mesa de centro (quando o ambiente é maior) ou mesas laterais (quando o espaço é menor) são ótimas opções”, comenta.
Segundo a arquiteta, outro item que exerce importantes funções é o tapete. “Como os ambientes de conversação, normalmente, estão integrados a outras áreas sociais da casa, o tapete, além de exercer a função de acolher as pessoas no espaço, também delimita o ambiente”.
Ao ser perguntada se há alguma restrição no uso de cores nesse tipo de espaço, Eduarda Correa é incisiva. “Não existem regras com relação às cores utilizadas. O importante é que a composição transmita bem-estar, afinal, a intenção é que esses momentos passem de forma que as pessoas nem percebam o tempo passar”.
Contato:
Eduarda Corrêa Arquitetura
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