Livro Paisagismo sustentável para o Brasil, de Ricardo Cardim, traça revisão histórica e propõe novas práticas para a atividade, entre elas o uso prioritário de espécies nativas
Cardim foi o idealizador das Florestas de Bolso da Mata Atlântica, plantadas por mutirões voluntários em áreas públicas de São Paulo.
Do ativismo ao paisagismo, ele vislumbra uma cidade verde no século 21, que possibilite a harmonia entre a extraordinária natureza nativa herdada pelos brasileiros e a vida humana moderna. O livro evidencia a urgência dessa causa e os muitos desafios a enfrentar.
Por responder pela criação de áreas verdes que fazem parte do nosso cotidiano, nas cidades ou fora delas, o paisagismo é hoje um assunto de importância vital para a sociedade.
Nunca a existência humana causou tanto impacto na natureza como nesse começo de milênio, mas se temos capacidade destrutiva, também está ao nosso alcance, por novos conhecimentos, tecnologias e práticas disponíveis, seu uso adequado e sua restauração.
As escolhas do paisagismo se refletem em temas como equilíbrio ecológico, água, solo, saúde pública e valorização cultural de remanescentes naturais. Entretanto, eles pouco entram na pauta da atividade e mesmo no tema do meio ambiente.
O livro Paisagismo sustentável para o Brasil: integrando natureza e humanidade no século XXI, de Ricardo Cardim, aborda de forma ampla a relação entre natureza e humanidade no Brasil, país detentor da maior biodiversidade nativa do planeta e com elevada urbanização.
Traça uma revisão histórica da atividade, descreve os problemas comuns da natureza projetada e sugere novos caminhos e reflexões sobre a atividade. Com isso, deixa clara a urgência para que a desconexão do paisagismo com o conhecimento científico e aspectos ecológicos e culturais seja revertida.
O livro expõe como nossas interações com a natureza se transformaram ao longo do tempo, até chegar aos dias de hoje, e relata, de forma detalhada, os problemas atuais do paisagismo no âmbito público e privado.
Com esse panorama, passa a apresentar práticas positivas e possibilidades de atenuar os impactos e riscos relacionados ao manejo da natureza, seja na cidade ou em áreas do interior.
Pouca gente sabe, mas mais de 90% das espécies de plantas comercializadas no Brasil – país de maior biodiversidade do mundo – são exóticas. São plantas de várias partes do mundo que têm suas mudas desenvolvidas e comercializadas globalmente por grandes empresas estrangeiras, que dominam esse mercado desde que ele existe.
Como fruto da mentalidade dominante, o paisagismo segue normalmente motivações estéticas e comerciais, difundindo plantas de forma despreocupada, resultando na disseminação de muitas áreas verdes desconectadas da paisagem nativa e também capazes de substituir e degradar a flora e fauna ancestrais, além de apresentar baixo potencial de serviços ecossistêmicos e de uso público.
Além de se integrar com o meio ambiente, com benefícios, mesmo no espaço urbano, como ampliação da fauna presente e impedimento da disseminação de espécies invasoras, o uso de espécies nativas tem um relevante aspecto cultural.
Afinal, como alguém vai querer preservar uma floresta nativa se as suas plantas nunca foram vistas como importantes no cotidiano humano, símbolos de beleza e valor?
Paisagismo sustentável pode significar saúde física e psicológica, qualidade ambiental e uma relevante ferramenta de educação e conservação de ecossistemas naturais. E ainda, para muitos, o único contato disponível com a natureza.
Ficha:
Paisagismo Sustentável para o Brasil: integrando natureza e humanidade no século XXI
Ricardo Cardim / @ricardo_cardim
ISBN: 9786588280355
Número de páginas: 320
Formato: 21x27cm
Ano: 2022
Capa: Brochura
Peso: 900g
571 imagens
698 referências bibliográficas
Autor: Ricardo Cardim
R$ 199,00
Comprar – https://editoraolhares.com.br/produto/paisagismo-sustentavel-para-o-brasil/
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