Entusiasta do mobiliário atemporal e diversificado, a arquiteta Patricia Penna aborda a presença das chaises longue na composição dos ambientes residenciais

Espreguiçadeiras nos ambientes residenciaisAtemporal e extremamente adequada nas mais diversas propostas do décor: a chaise longue, que na tradução do francês significa ‘cadeira longa’, se configura no décor como um convite ao relaxamento e a oportunidade de olhar para si e focar no bem-estar do momento presente.

Conhecida também como ‘namoradeira’ ou ‘espreguiçadeira’, sua história vem muito antes de eclodir no décor da França e posteriormente por todo continente europeu no século XVI: ao evocar o descanso, deuses e deusas da mitologia do antigo Egito, passando depois pela civilização grega, já desfrutavam do design da peça.

Marcada pela estética de uma cadeira de descanso alongada, combinada com um encosto em um dos lados e um braço que propicia comodidade ao usuário, a chaise longue tem características que a levam a compor as áreas sociais como living e varanda, assim como setores mais reservados, como um dormitório.

“Sua presença tem uma intenção muito bem-marcada: proporcionar ensejos de relaxamento aos moradores”, explica arquiteta Patricia Penna, à frente do escritório Patricia Penna Arquitetura & Design.

Espreguiçadeiras nos ambientes residenciais

De acordo com ela, a peça pode ser inserida de diversas formas. “Ela pode substituir uma poltrona ou até mesmo um par delas, assim como podemos apresentar apenas um item em um canto da varanda, sugerindo um espaço de leitura ou descanso”, indica. Em ambientes integrados, o móvel pode entrar na demarcação entre os cômodos.

Em relação aos modelos, a decisão pode transitar desde o design, bem como a função do ambiente. “Com a evolução da arquitetura de interiores, em um home theater, o sofá pode agregar uma chaise fixa ou retrátil”, pontua Patricia. A seguir, ela orienta como aplicar, com um olhar preciso, o móvel no décor de interiores, bem como compartilha dicas sobre materiais e estilos. Confira!

Primeiros passos

Antes de optar por um modelo, incluindo seu desenho e cores, é fundamental analisar as características da decoração para que o móvel não seja responsável por um ruído visual. Para a arquiteta, não é primordial que a chaise acompanhe uma paleta de cores similar aos demais componentes do cômodo, mas pensando na harmonia, é primordial que dialogue dentro dos quesitos cores, texturas e formas.

Definir a função

Para a arquiteta Patricia Penna, o uso da chaise é diverso, podendo ser inserida em diversos contextos. Em uma área social, por exemplo, além de servir como um local extra de descanso, contribui para a recepção de convidados, ampliando o número de assentos.

Além das peças avulsas, para estes casos uma boa pedida é apostar em versões modulares que possibilitam tanto a sua colocação de forma solta ou encaixada no sofá.

Em dormitórios, alocar a chaise em um canto que esteja vazio é uma ode ao ócio. “Nos livings com lareira, gosto muito da perspectiva de adicionar uma chaise para curtir os dias frios de um jeito muito aprazível”, adiciona Patricia.

Os estilos mais utilizados

Os estilos variam conforme a área em que a chaise será posicionada. Em áreas externas, modelos de fibras naturais ou sintéticas são excelentes opções. Mas é imperativo, que seja analisado se a estrutura e acabamentos do móvel são próprios para uso externo, para resistirem às intempéries de um espaço aberto, como o contato com a umidade e a insolação.

Já em ambientes internos, o décor abre frente para peças com design marcante, tanto para ambientes mais clássicos quanto os mais contemporâneos. Seja toda em capitonê, com uma capa de linho, ou ainda de estrutura metálica com desenho marcante, a chaise pode ser o elemento de destaque em um ambiente ou simplesmente marcar presença com ares mais discretos.

Contato:
Patrícia Penna Arquitetura & Design
https://arqbrasil.com.br/14019/patricia-penna-arquitetura-design/
http://www.patriciapenna.arq.br/