Projeto do escritório Storrer Tamburus inclui na decoração pranchas produzidas por Rico de Souza

Storrer Tamburus sob as pranchas

O projeto do escritório Storrer Tamburus inclui paredes em azul da cor do mar e revestimento que lembra a areia. Salas da diretoria e de reuniões têm vista para o pôr do sol.

A capital paulista não tem mar, mas o novo escritório da World Surf League (WSL) na cidade foi projetado e decorado para que quem entre lá reviva a sensação de estar em um ambiente praiano, mas com conceito moderno e urbano.

O design, assinado pela Storrer Tamburus, utiliza materiais e cores que remetem a essa ambientação, além de uma mesa de reuniões com formato de uma prancha e mais pranchas dispostas no teto, para decoração, essas produzidas por Rico de Souza, um dos pioneiros do surfe brasileiro.

“O projeto foi desenvolvido baseado no conceito da marca. Somos especializados nisso e procuramos traduzir os valores fundamentais da WSL para a arquitetura”, afirma Veridiana Tamburus, sócia da Storrer Tamburus.

Storrer Tamburus sob as pranchas

“As divisórias de vidro proporcionam que o escritório tenha muita luz natural e a vista principal da sala da diretoria e da sala de reuniões permite ver o pôr do sol sobre o rio Pinheiros. As paredes têm o azul do mar, na inserção do logo da WSL e em outras temos um revestimento que lembram a areia do mar. A mesa da sala de reuniões foi desenhada pelo nosso escritório também, com o formado de uma prancha de madeira”, explica a arquiteta.

Oito pranchas de surfe produzidas por Rico de Souza foram penduradas no teto, de onde foi retirado todo o forro e a laje ficou aparente. As pranchas servem também como uma divisória de ambiente, separando a recepção do open space.

Cada prancha tem uma história, como se fosse uma linha do tempo homenageando alguns atletas e personalidades ligadas ao surfe mundial.

A prancha 1 é a Fish, que faz uma homenagem ao havaiano Jimmy Blears (já falecido), que ganhou o mundial de 1972. A prancha 2 remete ao australiano Mark Richards, criador das biquilhas e quatro vezes campeão mundial. Já a prancha 3 é a Stinger, do havaiano Bem Aipa (falecido em 2021).

A prancha 4 homenageia o australiano Simon Anderson, que criou as triquilhas, enquanto na prancha 5 as honras vão ao americano Gerry Lopez, a prancha 6 a homenagem é para Barry Kanaiaupuni. A prancha 7 homenageou o big rider brasileiro Kalani Lattanzi e a prancha 8 é dedicada aos longboarders (trata-se de uma réplica, pois manteve o mesmo tamanho das demais, já que não tem 9 pés).

“Toda a composição do design conecta nosso escritório em São Paulo ao conceito e às premissas da WSL, em criações realmente fascinantes que nos transportam a um ambiente único e sem igual no universo corporativo da cidade. Não há um escritório parecido com o nosso, isso é fácil de assegurar”, afirma Ivan Martinho, CEO da WSL Latin America.

 

“A união do projeto da Storrer Tamburus com as pranchas criadas por Rico de Souza deu origem a algo inigualável: nos faz trabalhar na megalópole paulistana como se estivéssemos em uma praia”, completa.

Um dos ícones da modalidade e bicampeão brasileiro de surfe profissional, Rico de Souza conta sobre como desenvolveu o seu trabalho de shaper para esse projeto.

“Agradeço ao Ivan Martinho e à WSL Latin America por confiar no meu trabalho e por tudo que têm feito pelo surfe. Em cada uma das oito pranchas utilizadas no projeto eu escrevi uma dedicatória. Para produzir as pranchas, fiz um estudo e levei cerca de 45 dias no trabalho, desde as escolhas das cores e a pintura, até a finalização. Cada uma tem uma história, numa linha do tempo para homenagear personalidades ligadas ao surfe mundial”, conta Rico, 70 anos, que revelou grandes nomes do esporte (Phil Rajzman, Chloé Calmon, André Luis “Deka”, Glenda Kozlowski, entre outros) que foram seus alunos na Escola de Surf Rico, fundada em 1982 na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro.

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Storrer Tamburus Arquitetura
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