Diversificação de mercado na pandemia é possível? / Por Elaine Guedes
O tema é apaixonante para quem está na área de negócios porque não há uma regra universal. E toda empresa de médio e grande porte com uma trajetória mínima já se deparou com ele: diversificar ou nichar mercado? Arriscar ampliar a atuação para além do core business ou focar na especialidade construída até então?
Some-se a essa já complicada dúvida o fator Covid-19, a primeira pandemia do mundo tecnológico e globalizado. Se a conta parece caminhar para uma solução mais conservadora, a de que não é hora de mudar, compartilhamos com o leitor o case da Montana Química, que, por 68 anos focada no core business da madeira, decidiu explorar um novo mercado: o de limpeza pesada.
A Montana Química é uma multinacional brasileira referência em tratamento, preservação e proteção de madeira – tanto na área industrial, com produtos utilizados nas madeiras in natura, quanto no varejo, com portfólio que inclui vernizes, stains, cupinicidas, entre outros.
A empresa decidiu que havia chegado a hora de diversificar seu mercado, oferecendo aos consumidores uma gama maior de produtos. Para isso, escolheu um segmento dentro de sua área de atuação, que é a construção civil, e que não fugisse a uma de suas principais expertises, a tecnologia e inovação na área química.
Deu-se início, então, ao plano de diversificação de mercado que a Montana Química fez em toda a sua trajetória. No mês passado, a multinacional lançou a marca Tudo Plim, mergulhando no mercado brasileiro de domissaniantes com um portfólio de sete produtos para o varejo, com foco tanto no pós-obra da construção civil (profissionais do setor) quanto no ambiente doméstico (público geral).
O lançamento é muito recente para se falar em resultados, mas, expectativa e otimismo à parte, a Montana Química fez um detalhado estudo de mercado, com metas realistas e progressivas. O novo portfólio baseia-se em formulações que vinham sendo desenvolvidas há tempos pela empresa. E estamos lidando com os mesmos parceiros nos pontos de venda, o que facilita nossa capilaridade no novo mercado.
Estamos ainda nos passos iniciais dessa jornada. E se há uma conclusão que podemos tirar dela para quem quer se aventurar em uma diversificação de mercado é que não há uma caixinha de soluções prontas. Claro que é preciso pesquisar, estudar, analisar, da teoria à prática. Mas não é só isso. É nesses momentos que planejamento e feeling, pesquisa e criatividade, empatia com as necessidades do mercado, conhecimento e sensibilidade encontram o ponto de união.
Elaine Guedes é diretora comercial da Montana Química.
Contato:
Montana Química
(11) 3201-0200
https://www.montana.com.br
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