Registro de uma vivência é o testemunho da figura-chave da arquitetura moderna brasileira
Com seleção do próprio autor, reúne textos, depoimentos, cartas, desenhos, croquis, projetos e fotografias que cobrem toda a trajetória de Lucio Costa.
Lucio Costa atuou decisivamente na grande revolução cultural que tem início com a Semana de Arte Moderna de 1922, fazendo a ponte entre Le Corbusier, Walter Gropius, Frank Lloyd Wright e Mies van der Rohe, pioneiros que conheceu pessoalmente, e brasileiros em começo de carreira que se agregaram à sua volta como Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcellos.
O resultado foi uma arquitetura original, que surpreendeu o mundo e garantiu um lugar de destaque na história da disciplina. Em paralelo, Lucio cultivou discretamente um caminho próprio, afim com o projeto modernista, imaginando um elo poético entre nosso passado colonial e a modernidade, fazendo conviver pilotis e cobogós, nosso jeito de morar e preceitos urbanísticos para a sociedade de massas.
Não por acaso, durante décadas foi consultor no Patrimônio Histórico, a mesma repartição de Rodrigo Mello Franco e Carlos Drummond de Andrade. Essa fusão de espírito moderno e conhecimento histórico aprofundado revela-se no estilo modelar de uma prosa admirável, livre e naturalmente elegante. Por tudo isso, Registro de uma vivência pode ser colocado junto a livros que revelaram o Brasil aos brasileiros, como Casa-grande e senzala e Raízes do Brasil, obras fundamentais da nossa cultura.
Lançado em 1995 e reimpresso dois anos depois, o livro esgotou-se rapidamente e é hoje um item disputado. Esta nova edição mantém o projeto gráfico original e acrescenta uma nova capa, um índice onomástico, uma apresentação de Maria Elisa Costa sobre o processo de elaboração do livro e um posfácio de Sophia da Silva Telles, uma de nossas mais destacadas críticas de arquitetura.
Lucio Costa nasceu em Toulon, na França, em 1902, filho do engenheiro naval Joaquim Ribeiro da Costa e de Alina Marçal Ferreira. Formou-se pela Escola Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro, em 1922 – instituição da qual viria a ser diretor entre 1930 e 1931, promovendo uma profunda reforma no ensino de arquitetura. Foi coordenador da equipe que concebeu, com a consultoria de Le Corbusier, o edifício do Ministério da Educação e Saúde (1936-45), hoje Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio, e projetou o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York (1939, com Oscar Niemeyer) e o Park Hotel de Nova Friburgo (1940-44). Em 1957 vence o concurso para o Plano Piloto de Brasília. Assinou projetos arquitetônicos pioneiros, como o Parque Guinle (anos 1940), e planos urbanísticos inovadores, como o da Barra da Tijuca (1969), ambos no Rio. De 1937 a 1972, dirigiu a Divisão de Estudos e Tombamento do SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Faleceu no Rio de Janeiro em 1998.
Ficha:
Lucio Costa
Apresentação de Maria Elisa Costa
Posfácio de Sophia da Silva Telles
Coedição: Edições Sesc São Paulo
656 p. – 20 x 27 cm
ISBN 978-85-7326-720-4
2018 – 3ª edição revista
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
R$ 150,00 – Reservar / Comprar
Contato:
Editora 34
(11) 3811-6777
http://editora34.com.br/