Arquiteta Caroline Sautchuk destaca algumas maneiras de incluir elementos vazados em diversos projetos

Cobogó na arquitetura de Caroline Sautchuk

Aproveitar a luz e a ventilação sem abrir mão da privacidade e muito menos de um apelo estético: essas são algumas das principais características dos cobogós.

Criado em Recife (PE) nos anos 1920, esses elementos vazados começaram a se popularizar no ramo da arquitetura nos anos 50 e voltaram a ter destaque quando falamos de projetos arquitetônicos de qualidade.

“Originalmente feitos de cimento, nada mais são do que tijolos vazados, com diversos formatos, desenhos e materiais. Atualmente, é possível encontrar opções de cerâmica, porcelana, plástico, vidro, MDF, entre outros”, afirma a arquiteta e designer de interiores Caroline Sautchuk.

A ideia veio de três engenheiros: Amadeu Oliveira Coimbra, de Portugal, Ernesto August Boeckmann, da Alemanha, e Antônio de Góis, do Brasil. A palavra “cobogó “é formada pela junção das primeiras sílabas dos sobrenomes dos criadores.

A profissional, que aplica tais itens em seus projetos, explica que eles apresentam formas inspiradas na própria natureza, além de aqueles mais geométricos também estarem em alta.

“É um tipo de aplicação que traz sutileza aos ambientes, funcionando como uma divisória interna que é capaz de promover integração entre os espaços e manter a privacidade dos cômodos. Um painel de cobogós é usado para delimitar corredores, aumentar a ventilação natural, conectar áreas interna e externa do lar. Além de ser um elemento funcional, ele também atua como item decorativo, já que é fácil de harmonizá-lo, esteticamente, com diferentes estilos”, destaca.

De acordo com a arquiteta, é uma boa opção para visa um design cheio de personalidade no interior do lar.

“Os elementos desenham a sombra nos pisos e paredes, criando efeitos que transformam todo o ambiente para quem o vê. Durante as estações e ao longo dos dias, essa luz natural surge de inúmeras maneiras”, descreve. Sua praticidade no que diz respeito à iluminação da casa também é evidente.

“O cobogó era mais aplicado em fachadas e áreas externas, porém, atualmente, isso vem mudando. Ele se tornou um elemento bastante valorizado e dá para usá-lo em praticamente qualquer ambiente da casa. Com seu uso, tornam a decoração de uma sala de estar mais criativa, iluminam a cozinha, que precisa de bastante claridade para o preparo de alimento e pode ser beneficiada pela luminosidade externa, para deixar o quarto mais aconchegante”, aponta.

Dentro da decoração minimalista, é possível encontrar o cobogó com espessura mais fina e em tons neutros, como branco, creme, marrom e preto. Já para quem prefere projetos maximalistas, é uma ótima alternativa apostar em cores vibrantes e tamanhos maiores, que evocam ambientes mais modernos.

Apesar de ser encontrado em diferentes materiais, um dos mais procurados por seu custo-benefício é o cobogó de cerâmica esmaltada:

“Considerado o mais versátil, ele pode ser usado tanto em ambientes externos como em internos por conta de sua alta resistência. Também é um dos mais práticos, pois não absorve umidade e apresenta uma superfície de simples manutenção, sem falar na sua excelente durabilidade. Sendo esmaltado, esse cobogó possui um brilho único, que dá um charme todo especial a qualquer espaço”, completa.

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Caroline Sautchuk
(19) 3295-1731 / 997-645-427
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