O autor de Cidades Para Pessoas abre sua caixa de ferramentas e oferece um guia completo de como pensar e estudar as cidades contemporâneas

Como fazer uma cidade boa

Após décadas estudando e construindo uma metodologia inteiramente voltada à sustentabilidade e ao bem-estar nas cidades contemporâneas, Jan Gehl, junto com Birgitte Svarre, revela e debate, neste livro, as influências, os estudos, os procedimentos que o levaram a se tornar um dos mais respeitados e procurados urbanistas da atualidade.

Consultores e autores de muitas das mais relevantes intervenções em ambiente urbano – em metrópoles e cidades de todas as regiões do planeta –, Gehl e Svarre mostram quais as chaves para transformar cidades em cidades boas para as pessoas.

Ao perceber que o ambiente da cidade influenciava o estado de ânimo de seus moradores e de todas as pessoas que por ela transitavam, Jan Gehl passou a estudar e desenvolver técnicas para lidar com o impacto psicológico das várias situações que encontrava nas cidades que visitava. Simultaneamente, pesquisava as origens e as críticas dos modelos urbanísticos que resultavam em cidades caóticas e estressantes, e daquelas que eram muito mais amistosas.

Hoje consagrado, Gehl é reconhecido pela importância de suas intervenções e pelo desenvolvimento de uma metodologia que considera a pessoa a pé o principal
protagonista da cidade, que deve ser planejada para recebê-la com segurança e despertar-lhe o prazer de estar, transitar, passear e encontrar-se com outras pessoas.

Uma cidade que seja interessante e dinâmica, que respeite e estimule os sentidos. A Vida na Cidade: Como Estudar é mais um passo generoso deste professor, que,
junto com sua parceira de trabalho e pesquisa, Birgitte Svarre, traz ao público o percurso que o levou a ser um dos mais atuantes e conhecidos profissionais de uma área cada vez mais vital para as sociedades modernas.

TRECHO: Homem ou Máquina. Em sua revolta contra o planejamento abstrato do modernismo, pioneiros do estudo da vida urbana tais como Jane Jacobs, William Whyte e Jan Gehl estimularam as pessoas a ver a interação entre a vida da cidade e espaço com seus próprios olhos, já que isso traz maior compreensão. Cremos que esse ainda é o ponto inicial crítico para ir à cidade e observar, usando os próprios sentidos, o bom senso e técnicas de registro simples, com papel e caneta, que é o motivo de insistirmos nesses métodos manuais.

Ao usar tais métodos, o observador é o fator humano, para o bem ou para o mal. Soluções técnicas como vigilância com câmeras de vídeo ou dispositivos com GPS (Sistema de Posicionamento Global) podem servir como soluções mais objetivas. Deve-se decidir o grau de precisão necessária e a forma de conhecimento desejada. A diferença-chave é que o registro humano sempre oferece mais do que fatos frios. Quando as pessoas fazem a contagem, por exemplo, elas podem acrescentar outras informações sobre o local, que podem ter influência decisiva na interpretação. Muitas vezes, os observadores trazem material extra, usando seus sentidos e o bom senso.
Um contador automático de bicicletas é colocado numa ciclovia para contar os ciclistas que passam. Um dia quase nenhum ciclista é registrado. O que o observador humano pode ver é uma van estacionada na ciclovia a poucos metros do contador automático, de modo que, naquele dia, os ciclistas desviam do contador. Sem dúvida, o registrador humano conta as bicicletas do mesmo jeito, anotando as condições e tirando uma foto, enquanto o contador automático apenas registra o baixo número de ciclistas.

JAN GEHL é arquiteto, sócio-fundador da Gehl Architects e ex-professor e pesquisador da Faculdade de Arquitetura da Real Academia Dinamarquesa de Belas-Artes. Recebeu o prêmio Sir Patrick Abercrombie pela exemplar contribuição ao planejamento urbano, da International Union of Architects, e é membro honorário das sociedades de arquitetos na Dinamarca, Inglaterra, Escócia, Estados Unidos e Canadá, assim como do Planning Institute of Australia. Dentre outros, publicou Life between Buildings; Public Spaces – Public Life; New Cities Spaces; New City Life; e Cidades Para Pessoas.

BIRGITTE SVARRE tem mestrado em Cultura Moderna e doutorado pela Faculdade de Arquitetura da Real Academia Dinamarquesa de Belas-Artes, e é sócia da Gehl Architects. Publicou Spatial Culture. É palestrante convidada de várias universidades.

Ficha:
A VIDA NA CIDADE: COMO ESTUDAR
Jan Gehl e Birgitte Svarre
Tradutor: Anita Di Marco, Anita Natividade
Urbanismo
21×28 cm
184 páginas
isbn 978-85-273-1119-9
Dimensões: 21,5 cm x 28,5 cm
Peso: 0,890 kg
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Serviço:
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