Privacidade, infraestrutura e segurança são alguns dos itens que devem ser avaliados por quem opta por um escritório compartilhado / Por Bruna Lofego

 

Com a crise econômica, muitos profissionais desejam empreender, mas outros não contam com recursos suficientes para investir. O coworking é uma alternativa para quem está iniciando em um ramo de atuação, ou para os pequenos empresários, que sentem mais dificuldade para se manterem competitivos no setor. Outra vantagem do escritório compartilhado, além da redução de custos, é que os coworkers dividem o ambiente com outros profissionais de diversos setores e, através do networking, podem atrair investidores ou novos parceiros para os negócios.

No entanto, para a especialista em coworking e CEO da CWK Coworking Bruna Lofego, é preciso tomar alguns cuidados na hora de escolher o espaço compartilhado, para que a escolha não se transforme em uma experiência negativa. “Os coworkings, vale sempre lembrar, não são todos iguais. Alguns são mais informais do que outros, e as regras de uso e convivência podem variar bastante em cada espaço. Recomendo pesquisar e escolher o que se encaixa melhor às necessidades da empresa”, aconselha.

A especialista indica 5 aspectos que não podem ser deixados de lado:

Privacidade – “A primeira diferença entre o escritório próprio e um coworking é a privacidade. É fundamental ter em mente que o espaço será dividido com outras pessoas”, alerta. No entanto, a especialista garante que é completamente possível manter o foco no trabalho em um coworking, desde que a pessoa escolha aquele que se adequa melhor a ela. “Antes de escolher o escritório, observe como são divididas as estações. Muitos lugares contam com uma disposição na qual é perfeitamente viável ter privacidade”.

Outra opção são as chamadas salas privativas, que aumentaram muito e já são consideradas tendência. De acordo com o Censo Coworking Brasil, os coworkings costumam reservar em média 24% de seu espaço para acomodação de salas privativas.

Flexibilidade – Muitos profissionais optam pelo modelo justamente em função da comodidade e flexibilidade que ele apresenta. Para ter certeza de que fará a escolha certa, vale a pena pesquisar o local e compará-lo com sua rotina de trabalho, ou com a falta dela. É possível encontrar coworkings que ficam abertos 24 horas, e que funcionam aos finais de semana. “Esse modelo foi criado para facilitar a vida dos clientes e para adequar o uso do espaço à rotina de cada um, e não o cliente ter que se adequar ao espaço”, destaca Bruna.

Serviços e Infraestrutura – O serviço de wi-Fi é indispensável no coworking, principalmente atualmente, em que se usa o smartphone praticamente 100% do tempo. Por isso, a internet dedicada é uma das premissas do escritório compartilhado. “Um profissional que atua com vídeos, por exemplo, precisa de uma taxa de transferência maior do que outro que usa planilhas e textos. Sendo assim, é fundamental que o espaço que ele escolher ofereça isso”, diz.
Além da internet, a telefonia também merece destaque. “Para que todos tenham DDRs, os ramais virtuais, e não precisem se preocupar com a telefonia, o coworking deve ter a capacidade de ofertar um tronco de no mínimo 30 ramais”, explica Bruna.

Para a especialista, também é crucial que a estrutura operacional coletiva funcione bem, com serviços de segurança, limpeza e entrega. Na maioria dos coworkings ainda é possível contar com atendimento, limpeza, copa e manutenção. “São serviços básicos, mas que fazem muita falta quando não são oferecidos. Por exemplo, um coworking sem copa pode causar desconforto, já que o cheiro de comida pode incomodar a terceiros”, alerta ela.

Mobilidade – Um cliente que se desloca bastante, com uma rotina de trabalho flexível e itinerante, precisa estar atento à localização do coworking que deseja frequentar. “A maioria das cidades tem problemas de congestionamento, mas o cliente precisa avaliar o deslocamento nos horários que fará, analisando a qualidade do acesso à região. Além disso, ele deve verificar quais outras opções de transporte público terá disponíveis. Isso facilitará muito não somente a vida dele, como a de seus clientes”, explica Bruna.

Segurança – Por ser um espaço dividido com outras pessoas, uma das questões que costumam causar receio em relação a trabalhar em um coworking é a segurança. Em qualquer escritório – seja tradicional ou compartilhado- os usuários estão sempre sujeitos a isso. Por isso, quem adere a um escritório compartilhado, ou quem é proprietário de um espaço, precisa levar a sério a segurança do local. “É normal que exista esse tipo de preocupação, já que é um espaço por onde muitas pessoas circulam diariamente, desde clientes a prestadores de serviço”, comenta.

Para Bruna, o coworking deve investir em segurança para que não haja incidentes dentro de sua área de responsabilidade. Ao cliente, cabe certificar-se de que a administração desses espaços cuida de pertences pessoais e ferramentas de trabalho.

“Uma das dicas ao contratar um coworking é reparar na presença de câmeras de segurança, que devem estar presentes tanto na área interna quanto na fachada do prédio. Além de inibir atos criminosos, elas garantem que, se ainda assim, um crime for cometido, a polícia terá material para identificar o responsável” .

Ela também recomenda que o cliente observe se a região apresenta um alto índice de criminalidade. “O mais indicado é optar por espaços em locais com grande número de empresas e bastante movimento comercial durante o dia. De acordo com o Censo Coworking Brasil, (61%) dos coworkings estão localizados em áreas tradicionais de negócios, sendo 56% em bairros comerciais. Além disso, escritórios compartilhados montados em prédios comerciais oferecem mais segurança no controle do acesso”.

Serviço:
Bruna Lofego
(31) 2519-8600
http://brunalofego.com.br/