A arte de renovar sensações com os quadros abstratos / Por Oscar D’Ambrosio

Sueli Dabus abstrata

A concha (80 x 120) 2009

É comum se perguntar se quadros abstratos para sala de jantar ou de estar precisam ter alguma característica essencial. Quando se está perante a uma artista como Sueli Dabus, esta pergunta perde a relevância, pois aquilo que se vê fala por si.

Um quadro abstrato para a sala necessita fundamentalmente de três características: o trabalho com as tonalidades da cor, a pesquisa técnica e o mergulho no universo das formas. Os três elementos se articulam de maneira a construir expressões visuais que encantam o observador.

Adquirir um quadro abstrato significa, é claro, abrir mão da figuração. E isso traz consigo uma série de escolhas de várias ordens. A principal é o entendimento de que escapar da figuração permite mergulhar em um novo universo de sensibilidades, onde as respostas fáceis são abandonadas.

Muitos querem colocar em suas salas quadros decorativos abstratos, com o intuito de ascender à liberdade de imaginação dos observadores. Esse estímulo, nos dias atuais, torna-se admirável, ao passo que incentiva a capacidade individual de se relacionar com aquilo que é visto.

A riqueza de cores e as diversas técnicas utilizadas nas grandes obras abstratas por Sueli Dabus possuem o objetivo de gerar beleza, encantamento e perguntas sem respostas fáceis. Desta forma, tornam as salas ambientes mais interessantes, plenos de possibilidades interpretativas.

Quadros decorativos para sala permitem a harmonização dos ambientes com soluções atualizadas. A abstração cria variações de composições que se multiplicam infinitamente justamente pela capacidade de renovar sensações.

As obras coloridas são aconselháveis pela maneira como estabelecem momentos em que a criatividade parece fluir com maior naturalidade, pois cada pessoa, perante aquilo que observa, desenvolve um olhar próprio, apto a desenvolver as mais variadas relações com o que está ao redor.

Os quadros de parede para salas acrescentam aos locais um mistério. Talvez esse seja um dos principais méritos da obra de Sueli Dabus. Ela consegue em suas obras criar atmosferas em que a emoção se faz presente pelo gestual e pela justaposição de materiais que trazem a oportunidade de abrir o próprio olhar.

Assim, quadros abstratos modernos, mais ou menos decorativos, são portas de entrada para um entendimento do mundo que se realiza no diálogo entre quem faz, o que é feito e quem olha, em uma dinâmica em que a artista plástica se valoriza pela maneira como combina seu estilo pessoal com os conhecimentos técnicos acumulados ao longo da carreira.

A arte abstrata, nesse contexto, é criada numa mescla de elementos, sendo os três mais importantes: a emoção do impulso criativo, a racionalidade que permite o aprimoramento técnico e a criatividade de realizar densas pesquisas sem repetição. Atingir esse parâmetro dá às obras de Sueli Dabus suas características essenciais.

Existe em cada trabalho uma dinâmica própria, que amadurece ao longo do tempo. Ela se complementa na maneira como cada obra tem a sua própria característica. Isso dá aos trabalhos uma personalidade própria e uma identificação estilística em constante aprimoramento.

Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Contato:
Sueli Dabus
(14) 3223-0001
http://www.suelidabus.com.br/