Com objetivo de aumentar a cobertura verde na Grande Goiânia, condomínios horizontais adotam a inovadora técnica de “florestas de bolso”

Florestas de bolso em condomínios

Além do conforto térmico e melhora da qualidade do ar, essas espécies vegetais têm íntima relação no controle do volume de águas de uma determinada região.

Arvores são fator importante para a qualidade de vida nos centros urbanos, tão importante que a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza uma quantidade mínima de 12 metros quadrados de área verde por habitante, e estabelece como ideal o índice 36 metros quadrados, o que equivale a três árvores, por morador.

Esses seres vegetais, tão essenciais à manutenção da vida na Terra, são frequentemente relacionados à questão do conforto térmico e à melhora da qualidade do ar, graças especialmente à fotossíntese, responsável pela produção de energia, no qual as plantas realizam o processo de evaporação, melhorando a temperatura da região do entorno da planta.

Mas o que muitos podem desconhecer é que as árvores também têm uma íntima relação no controle do volume de águas de uma determinada região. “Se a cidade tem vegetação abundante, com árvores em regiões de talude e declive, tem-se uma maior estabilidade do solo nessas regiões, minimizando a ocorrência de erosão e carreamento do solo, somando-se a isso um correto sistema de drenagem pluvial.

A grande quantidade de árvores também contribui para o conforto térmico e a manutenção de áreas verdes auxilia no processo de recarga dos lençóis freáticos”, explica o engenheiro ambiental e coordenador de meio ambiente da Cinq Desenvolvimento Imobiliário, Lucas Carvalho Santiago.

Ele também esclarece que as árvores e mais áreas com cobertura verde são determinantes para a prevenção de enchentes e enxurradas, que tantos danos trazem aos centros urbanos todos os anos. “As copas, os ramos e as folhas das árvores impedem com que as gotas de chuva atinjam o solo com alta velocidade, de forma a proporcionar maior infiltração da água da chuva no solo.

Assim, menos água escorre pela superfície. É preciso, portanto, aumentar a área verde para otimizar a chuva que cai na cidade”, afirma o engenheiro ambiental, ao acrescentar que mais vegetação também reduz os processos de erosão do solo.

Florestas de bolso – No Parqville Pinheiros, condomínio horizontal da Cinq que está sendo construído na região do Garavelo em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana de Goiânia, Lucas Santiago comanda um inovador trabalho de recuperação ambiental junto à área de preservação permanente (APP) situada bem próximo ao empreendimento.

O trabalho é inspirado no projeto “Floresta de Bolso”, desenvolvido e patenteado pelo ambientalista e botânico Ricardo Cardim, que foi contratado para assessorar o trabalho de reflorestamento feito pela Cinq.

A técnica surgiu na cidade de São Paulo como uma forma mais natural de restauração da Mata Atlântica. A floresta de bolso, em sua composição e espaçamento, respeita a dinâmica original das florestas, o que proporciona um crescimento mais rápido, menor índice de perdas, baixo consumo de água e menos manutenção. O projeto parte do princípio que espécies de mata nativa se desenvolvem melhor do que outras exóticas trazidas de outro bioma.

Adaptada à escala urbana, essas áreas verdes podem ser implantadas em pequenos espaços, a partir de 15 metros quadrados ou também em grandes áreas, como projetos de restauração florestal na zona rural.

O objetivo da floresta de bolso, segundo sugere seu próprio desenvolvedor, é “reconectar a população urbana ao patrimônio nativo, suas formas, texturas, história e sabores, resgatando a biodiversidade original no cotidiano”.

De acordo com Lucas, para a APP do Condomínio Parqville Pinheiros, está sendo utilizada uma técnica onde se tem o plantio de 4 mudas a cada 6 metros quadrados, chamada de plantio em quincôncio. “Com a floresta de bolso, iremos ter uma densidade muito maior, utilizando espécies nativas do Cerrado, como Ipê Branco, Jacarandá e Jatobá do Cerrado”, enumera.

Já no Parqville Jacarandá, outro empreendimento da Cinq próximo ao setor Central de Aparecida de Goiânia, devido a supressão das árvores, que ocorreram para construir o empreendimento, ficou ajustado o cercamento e o plantio de mudas de espécies nativas em 5 nascentes, na região da Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia, onde estão sendo plantadas mil mudas. Dentro do condomínio cerca de 800 mudas foram plantadas, sendo 500 delas em frente aos lotes do residencial.

“Existe uma relação entre a árvore na frente de casa com as chuvas que alivia a crise de água. Pouca gente sabe disso. Essa arborização urbana ou mesmo as plantas de jardim podem ajudar a aumentar a umidade da atmosfera, gerar nuvens de chuva, reduzir a irritação da poeira no ar e ainda diminuir o calor”, afirma engenheiro civil e diretor da Cinq, Eduardo Oliveira.

Contato:
Cinq Desenvolvimento Imobiliário
(62) 3941-1500
http://www.cinqdi.com.br/