O permacultor Edilson Cazeloto mostra os primeiros passos para quem quer ter a experiência de construir sua própria casa com materiais de baixo impacto ambiental

Oficina de Bioconstrução

Bioconstrução é um tema mais atual do que nunca. As faculdades de arquitetura, no entanto, ensinam as técnicas que utilizam barro na disciplina de história, como algo do passado. Os bioconstrutores resgataram as técnicas tradicionais – e deram um novo design e agregaram novas tecnologias. Agora, onde aprender a fazer?

A Oficina de Bioconstrução, nos dias 19 e 20 de maio, no Sítio Pau d’ Água, em Piracaia, a apenas 90 Km de São Paulo, quer despertar um “novo olhar para a construção de casas e para o próprio significado da moradia”. Para isso, o permacultor Edilson Cazeloto propõe um desafio real aos participantes: construir uma moradia coletiva sustentável para abrigar três famílias no próprio Sítio.

A bioconstrução se baseia no princípio de que é possível construir sua própria casa com um impacto ambiental muito baixo, muitas vezes utilizando técnicas ancestrais e com matéria prima local, sempre que possível. Durante a oficina, os participantes vão aprender duas técnicas de terra crua (pau a pique e cob) e o reboco natural a base de tapioca e esterco de vaca. “Em dez anos de experiência, acredito que são as duas técnicas mais eficientes para a região onde está o sítio”, afirma.

O pau a pique (taipa de mão ou taipa de sopapo) consiste no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas e horizontais, geralmente bambus, que são preenchidas com barro amassado misturado com palha seca. Já as paredes de cob, que são quase tão resistentes quanto o concreto, costumam ser feitas somente de barro argiloso adicionado de um pouco de palha e água. A vantagem é que a palha é muito abundante na região e pode ser conseguido gratuitamente.

Ao colocar as mãos e os pés no barro, cada participante é convidado a refletir sobre o que seria uma construção sustentável nos dias de hoje. “Uma casa sustentável é aquela que, além de ingredientes não agressivos ao meio ambiente, o dono deixou suas marcas nas paredes”, afirma. “A casa sustentável é uma casa que qualquer ser humano possa ter, desde que, com isso, ele não roube o direito de outro ser humano de ter sua própria casa”.

Uma das partes mais divertidas da Oficina de Bioconstrução é amassar o barro com os pés descalços. Vira uma festa. As pessoas se abraçam, cantam, dançam. Por trás da farra, existe a técnica. Ao pisar no barro, as pessoas sentem a textura da massa que se forma e percebem se está ela pronta para ser usada na parede. “Se não for divertido, não é sustentável”, diz Cazeloto.

Edilson Cazeloto – Ex-professor de pós-graduação e ex-jornalista, Edilson Cazeloto estava no auge da carreira quando decidiu largar tudo para morar na roça. Há 10 anos, fundou o Sítio Pau d’ Água, em Piracaia, a apenas 90 Km de São Paulo, onde desenvolve oficinas de permacultura e agroecologia.

Sítio Pau d’Água – O Sítio Pau d’Água, em Piracaia, a apenas 90 Km de São Paulo, é um espaço dedicado às práticas de sustentabilidade e saúde holística. Localizado na Serra da Mantiqueira, o sítio possui 3 alqueires, sendo que quase metade está sendo reflorestado. Conta com duas nascentes e mais de 3 mil árvores plantadas nos últimos 2 anos. Fica na região com um dos melhores climas do mundo.

Valores:
São 4 opções de inscrição (refeição inclusa)
R$ 280 (sem hospedagem)
R$ 300 (camping)
R$ 330 (alojamento coletivo)
R$ 390 (quarto na Ecovila Clareando)
R$ 750 (chalé para casal)

Inscrições: cursos@kaminaricomunicacao.com.br
Whats app: 11-97130-3335
SYMPLA: https://www.sympla.com.br/oficina-de-bioconstrucao__255044