Márcio Barreto aponta modelo de negócio acessível e sustentável

Arquitetura para classe C

Arquiteto Márcio Barreto

Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), palestrante e vencedor dos prêmios Portobello + Arquitetura, Destaque Sustentabilidade Nacional em 2018, e ambiente destaque nos sete conceitos da Mostra Morar Mais por Menos – edição Salvador 2018, o baiano Marcio Barreto acredita que projetos arquitetônicos devem e podem ser acessíveis a todos.

Desenvolvendo projetos por cômodo, Márcio criou um modelo de negócio ainda mais próximo da população, permitindo que o acesso a um profissional de arquitetura alcance novas esferas econômicas da sociedade.

O CAU/BA analisou a prestação de serviço feita pelo arquiteto e considerou que não fere nenhuma norma, como destaca Raul Nobre, coordenador da Comissão do Exercício Profissional do CAU/BA, ” vemos com muito interesse o trabalho desenvolvido pelo arquiteto, que encontrou maneira de alcançar segmentos da população que não vêm tendo acesso aos serviços de profissionais regulamentados.

Sempre se falou da discrepância entre os números do enorme campo de trabalho da Arquitetura e Urbanismo e o restrito mercado de trabalho propriamente dito. Esse modelo de atuação contribui muito para tornar o mercado de trabalho disponível e acessado por toda a população, com profissionais devidamente capacitados e registrados no Conselho a contribuir para a conquista de um direito fundamental do brasileiro que é a moradia digna.” (CAU/BA)

“Ao longo da faculdade eu me atentei à importância da profissão que escolhi, mas sempre me questionei por que os serviços de um arquiteto não atingiam todas as classes sociais. Todos deveriam ter acesso ao profissional que é responsável por levar conforto, estética e funcionalidade aos ambientes”, afirma o especialista.

Segundo pesquisa realizada pelo CAU/BR, em parceria com o Instituto Datafolha (maio/2019), a média sobre os valores dos serviços prestados por arquitetos e urbanistas são calculados principalmente por meio da quantidade de metros quadrados da obra (56%), seguido da solicitação do cliente (29%), Tabela de Honorários do CAU (21%) e porcentagem sobre o CUB (16%).

Uma pesquisa anterior, realizada pelo CAU/BR em 2015, revelou que grande parte da sociedade brasileira vê o trabalho do arquiteto como uma atividade acessível somente para as classes mais ricas. De acordo o relatório, o índice de utilização de profissionais tecnicamente habilitados são de 55,3% para a classe A, e de 25,8% para a classe AB.

Desde a sua formação, em 2014, Márcio garante já ter assinado variados projetos acessíveis, nos mais diversos bairros da capital baiana. Cajazeira, Liberdade, Periperi e Paripe são alguns dos bairros atendido pelo arquiteto que foi o primeiro a emitir RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) de projetos de Arquitetura de Interiores para ambientes localizadas nesses bairros.

Projeto sustentável – Entendendo a importância desse formato, o trabalho de consultoria oferecida pelo arquiteto tem duração padrão de 2h, onde o profissional vai até o imóvel do cliente e faz um projeto conceitual da ocupação de um cômodo. Ao final da consultoria, Márcio Barreto entrega um descritivo das mudanças necessárias para tornar o ambiente mais funcional e bonito. Para quem deseja algo mais, um segundo formato traz a possibilidade de fazer o projeto executivo e atender demandas mais complexas.

“Famílias com menor poder aquisitivo têm adquirido apartamentos cada vez menores, pelo alto custo dos imóveis, e acabam ocupando o tão sonhado “lar doce lar” de forma equivocada, comprando móveis de dimensões erradas, fazendo obras sem o reaproveitamento de materiais, e diante dos retrabalhos, acabam fazendo o sonho um pesadelo”, afirma Márcio.

À frente do escritório Arquitetura do Barreto, Márcio já foi sinalizado por profissionais de todo o país por causa do modelo de negócio implementado, “Vários profissionais consideraram que os serviços mais acessíveis que contemplam atender as camadas sociais com menor poder aquisitivo desvalorizariam a classe dos Arquitetos.

O intuído de uma parcela dos profissionais ainda é manter a arquitetura como um serviço de luxo e acessível apenas a minoria da população”. Com o aval do CAU/BA e CAU/BR, o jovem arquiteto continua seu projeto com a perspectiva de oferecer o mesmo serviço nos demais estados do nordeste e mais à frente em todo território nacional.

Contato:
Arquitetura do Barreto
(71) 3027-5628
https://www.arquiteturadobarreto.com/