Projeto recupera 51 hectares de mata atlântica no interior de São Paulo

Área de mata recuperada

Situação da Pilha de Estéril A em dezembro 2002 e julho de 2017

O projeto de recuperação das minas Felicíssimo e Ipanema, que forneciam calcário para a antiga fábrica da cimenteira LafargeHolcim de Sorocaba, é um case de sustentabilidade.

Localizadas em Iperó, município a 125 quilômetros de São Paulo, as minas tiveram uma área recuperada de 51 hectares (equivalente a aproximadamente 51 campos de futebol), convertida em mata atlântica.

As ações do projeto duraram 10 anos e demandaram investimentos de US$ 3 milhões, com o plantio de 91 mil mudas. O trabalho restabeleceu o equilíbrio ambiental, físico e químico da área em sua condição natural, hoje completamente reintegrada à Floresta Nacional de Ipanema. A LafargeHolcim ainda faz o monitoramento da área recuperada.

Em abril deste ano, no Fórum Programas de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) no Licenciamento de Mineração, a LafargeHolcim recebeu certificado de reconhecimento do Ibama pelas ações desenvolvidas nas Minas de Ipanema e Felicíssimo.

O projeto destacou-se pela qualidade das medidas de recuperação dos impactos ambientais decorrentes das atividades de extração mineral. A LafargeHolcim provisiona recursos para fechamentos de todas as minas do Grupo no mundo.

A Floresta de Ipanema é um exemplo de reintegração de áreas de exploração mineral à sua condição original: desde 2008, após o fechamento das minas de Ipanema e Felicíssimo, a LafargeHolcim eliminou os impactos residuais do empreendimento no meio ambiente, tendo reflorestado a área, monitorado o retorno da fauna e realizado monitoramento da reabilitação da flora, das espécies invasoras e da qualidade das águas. Também foi construído um mirante, que permite a observação da fauna e da flora. Todo o processo seguiu um plano de fechamento aprovado pelo Ibama.

Plano de Fechamento – A proposta do Plano de Fechamento estabeleceu procedimentos de encerramento do trabalho das minas ao final de sua vida útil, garantindo a reabilitação da área. Eliminou os impactos residuais do empreendimento no meio ambiente depois de encerradas as atividades produtivas, atendendo aos requisitos da legislação. Iniciou com o desmonte das construções (escritório, casas, depósitos, britador, rede elétrica, oficina de manutenção) e remoção de maquinário e resíduos da extração de calcário.

Em seguida, foi construído um mirante a partir da estrutura de concreto do britador, que permite a observação da fauna e da flora, e foi realizado o reflorestamento das antigas áreas de exploração. Foram usadas 91 mil mudas na recuperação, sendo 31 mil produzidas no viveiro da LafargeHolcim em Barroso (Minas Gerais). Houve ainda o monitoramento do retorno da fauna.

Pilhas de Estéril – Para a extração do calcário, era preciso retirar camadas superiores de solo árido, estocadas uma por cima da outra formando degraus (taludes). Essas são as chamadas pilhas de estéril, que chegaram a atingir 60 metros de altura. A técnica de recuperação utilizada foi o plantio no final da pilha, que se tornou floresta.

As ações realizadas nas pilhas de estéril tiveram como principal objetivo, além de recuperar as áreas, garantir sua estabilidade geotécnica, ou seja, que estivessem na angulação e na compactação corretas para não desmoronarem.

Uma comparação visual entre a situação da Pilha A em 2002 e em 2017 dá uma dimensão dos efeitos positivos do trabalho – olhando apenas a imagem mais recente, é praticamente impossível visualizar o local exato da antiga pilha.

Outras ações foram a manutenção, monitoramento da reabilitação da flora e controle das espécies invasoras; implantação de dispositivos para controle da drenagem superficial e manutenção; monitoramento das condições de estabilidade dos degraus das pilhas de estéril; e o monitoramento da qualidade das águas.

Floresta Nacional de Ipanema – Localizada a cerca de 125 quilômetros de São Paulo, em uma área entre o Cerrado e a Mata Atlântica, a Floresta Nacional de Ipanema abriga cerca de 69 espécies de mamíferos, 343 de aves, 27 de répteis, 36 de anfíbios e 37 de peixes, com destaques para o lobo-guará, a jaguatirica, a lontra, cachorro-do-mato, irara, tamanduá-bandeira, urubu-rei, águia-cinzenta, águia-pescadora, pavó, tucano-toco, sapo-ferreiro, urutu-cruzeiro, cascavel e teiú. Importante Unidade de Conservação Federal, a floresta é também um sítio arqueológico com registros anteriores à chegada dos colonizadores europeus, e riquezas minerais conhecidas desde o século XVI.

Aberta ao público desde 1998, as atividades de visitação realizadas na floresta têm nos fatos históricos seu principal eixo temático, e normalmente são associadas às visitas aos monumentos do sítio histórico. Essas atividades são complementadas com percursos de caminhadas em trilhas naturais, sobretudo na Mata Atlântica, e de recreação na área de lazer, onde podem ser encontrados quiosques, playground e um circuito de arvorismo.

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