5ª edição do Circuito Urbano de Arte acontece entre 22 de setembro e 04 de outubro em Belo Horizonte

CURA anuncia artistas

Lídia Viber

Nesta edição do Cura serão quatro novas empenas pintadas no Centro de BH, sendo três delas ocupadas por artistas convidados e uma delas pela vencedora ou vencedor da convocatória pública que será anunciada em breve.

“Uma celebração à arte e à cultura, fundamentais para nos manter vivas nestes tempos” fala Janaína Macruz, uma das idealizadoras do festival. “O CURA 2020 nasceu de um desejo em emergência de cuidar de nós e do que nos cerca. De nos unirmos e construir essa edição de mãos dadas. Um festival gestado por mulheres e que se tornou uma jornada de encontro e novas perspectivas”, completa.

Os artistas selecionados para a edição reflete este momento.

Lídia Viber – Artista autodidata, Lídia nasceu e cresceu em BH, na periferia do Alto Vera Cruz e Taquaril, e hoje reside no Rio de Janeiro. É referência em representatividade feminina no graffiti e muralismo contemporâneo, onde conquistou espaço por meio de sua expressão e atuação empoderadas de ocupação do espaço público e do seu trabalho construído em diferentes superfícies e diversas técnicas.

Lídia chega ao CURA trazendo suas personagens jovens, misteriosas, sensíveis e vulneráveis que fazem parte de um universo lúdico e convidativo e que são atravessados por inquietações expressas pela fantasia. Suas obras apresentam narrativas que transitam entre a dureza e a delicadeza.

Robinho Santana – Artista visual, pesquisador e músico experimental, Robinho nasceu e cresceu em Diadema, São Paulo. Em seu trabalho, busca a representação plural e digna da mulher e do homem negros periféricos, tornando-os protagonistas em sua arte. O artista se reconhece em sua obra e nela expressa sua relação com a vida e a cultura do seu povo.

Robinho chega a esta edição com o seu trabalho que é tão íntimo e, ao mesmo tempo, tão coletivo. Com seu olhar sensível, ele oferece um vislumbre necessário e emocionante sobre o povo preto.

Daiara Tukano – Daiara Hori, nome tradicional Duhigô, pertence ao clã Uremiri Hãusiro Parameri do povo Yepá Mahsã, mais conhecido como Tukano. É artista, ativista dos direitos indígenas e comunicadora. Nasceu em São Paulo e tem como fundamentação do seu trabalho artístico uma pesquisa sobre história, cultura e espiritualidade do seu povo.

Sua atuação na arte se entrecruza com a comunicação através da articulação de suas práticas em prol dos direitos indígenas. Neste sentido atuou como coordenadora da Rádio Yandê, a primeira web rádio indígena do Brasil.

Daiara chega ao festival trazendo toda a força da sua obra criada a partir da sabedoria e ancestralidade do seu povo. Será ela a 1a mulher indígena brasileira a pintar uma empena. É uma honra para nós tê-la com a gente nesta edição.

CURA 2020 – O CURA, volta a ser realizado em setembro deste ano, entregando quatro novas pinturas em prédios no hipercentro de Belo Horizonte, todas visíveis da rua Sapucaí, bairro Floresta. Serão entregues, também, duas grandes instalações de arte pública no centro da cidade.

Devido à pandemia, nesta quinta edição não haverá festas ou aglomerações. Toda a programação aberta ao público será virtual, como debates, oficinas e aulões, de forma gratuita e acessível. Uma programação diversa, que discute a atualidade e traz nomes em destaque no cenário nacional.

Neste ano, o festival convida duas artistas para compor a comissão curadora: Arissana Pataxó, de Coroa Vermelha – Cabrália, e Domitila de Paula, de BH. Elas, juntamente com as criadoras do festival – Janaína Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni, fizeram a curadoria de quatro artistas que pintarão as empenas e das duas intervenções urbanas pela cidade, além de toda a programação on-line.

“O festival defende a resistência em tempos de aculturação e decide por uma curadoria que se aprofunda em um Brasil que é não somente urbano. É urgente ouvir as vozes que apontam caminhos outros. Estamos pela vida!”, destacam as idealizadoras Priscila, Janaína e Juliana.

O Circuito Urbano de Artes completa sua quinta edição e, com esta, serão 18 obras de arte em fachadas e empenas, sendo 14 na região do hipercentro da capital mineira e quatro na região da Lagoinha, formando, assim, a maior coleção de arte mural em grande escala já feita por um único festival brasileiro.

O CURA também presenteou BH com o primeiro e, até então, único Mirante de Arte Urbana do mundo. Todas as pinturas realizadas no hipercentro podem ser contempladas da Rua Sapucaí.

Contato:
CURA
cura@cura.art
https://cura.art


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